
Este é o primeiro disco em formato long-playing, ainda em
Em
Lana Bittencourt [nome artístico de Irlan Figueiredo Passos] foi cantora de grandes sucessos, conhecida pela voz perfeita em timbre forte, derramada em sambas e canções internacionais. Estrela das rádios Tupi e da Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro, chegou a ter um programa exclusivo na TV Paulista,
Temos aqui os primeiros grandes sucessos de Lana Bittencourt, em uma coleção elegante, a começar pela belíssima capa. Dos primeiros acordes da orquestra em “Malagueña”, fantasia espanhola de Ernesto Leucona, versão em português de Julio Nagib, até o último suspiro do samba-choro “Porque É” de Milton Legey e Paulo Menezes, temos o privilégio de acompanhar a essa bela voz brasileira passeando por oito paisagens musicais. Destaque para a versão em português, também de Julio Nagib, para “Johnny Guitar”, grande sucesso internacional de Victor Young, trilha-sonora do filme homônimo, com arranjos incríveis do maestro Renato de Oliveira, com direito a solo de clarinete. Mas há também o belo samba-canção de Ricardo Galeno “Quem Se Humilha”; outra fantasia de Ernesto Leucona em versão de Julio Nagib, “Andalúcia” em belíssimo arranjo, destaque para a cascata de melodia promovida pela orquestra; e o samba-sincopado [seria uma pré-bossa nova em 1955?] “Pobre Menino Rico”, de Vargas Jr. e Oscar Bellandi, com letra mais que atual: “Pobre menino rico, da zona sul da cidade / embora tenhas de tudo, não tens a felicidade / não jogas bola de gude não sabes rodar pião / não podes pisar descalço a terra seca do chão...” Coisa finíssima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário